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A mais popular dentre as aplicações – Poupança. Qual seu rendimento em 2020? Será que é um bom investimento ou existem melhores aplicações? Saiba tudo agora mesmo!

 

A caderneta de poupança segue como a preferência dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela CNDL, mostra que sete de cada dez pessoas no Brasil, guardam suas economias na poupança.

Imagine que ao investir R$ 100,00 durante um ano, teríamos como rendimento, considerando os valores atuais da poupança, um total de aproximadamente R$ 101,40. Sim, em um ano seu dinheiro renderia “incríveis” R$ 1,40.

O rendimento da poupança atualmente é de 1,40% ao ano. Os números falam por si só. A poupança nos dias atuais não é um investimento atraente, nem mesmo para investidores iniciantes. A verdade é que a poupança passou a ser um péssimo investimento.

 

A rentabilidade mensal da poupança é de 0,11%. Deste modo, os mesmos R$ 100,00 teriam uma rentabilidade de R$ 0,11 por mês. Neste sentido, quem investe suas economias na poupança procurando por segurança, está perdendo tempo e dinheiro. A projeção da inflação para o ano de 2020 é de 3,6%, deste modo, o dinheiro “investido” na poupança perderá valor, à medida que sua valorização será inferior a inflação.

 

O que é a Poupança?

 

A poupança é um tipo de investimento de renda fixa. Basicamente funciona como um empréstimo, ou seja, ao aplicar suas economias em uma caderneta de poupança, simbolicamente falando, constitui-se como um empréstimo para o banco, deste modo, o banco remunera o investidor pelo “empréstimo” com juros sobre o capital.

 

Em sua essência, a palavra poupança faz referência ao ato de poupar. Uma vez que o indivíduo se propõe a não gastar todo seu salário/rendimentos, retendo assim, parte para algum objetivo ou finalidade de curto, médio e longo prazo.

 

O destino para o dinheiro poupado pode ser inúmero, inclusive para investimento. E neste artigo iremos mostrar que há no mercado financeiro muitas formas de investir dinheiro, de modo seguro e mais rentável do que a caderneta de poupança.

porquinho da poupança
 

Destaques positivos e negativos da Poupança

 

Por ser simples, descomplicada e de fácil acesso, tornou-se a aplicação mais popular do Brasil. Um ponto interessante é a ausência de taxas, nem mesmo a tradicional taxa de manutenção da conta.

 

Como investimento ela possui isenção do Imposto de Renda, deste modo não será descontado parte do lucro para o governo. Outro destaque é a liquidez imediata – capacidade de resgatar de forma imediata o dinheiro.

 

Além disso, ela conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos – FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por investimentos em cada instituição. O que configura uma aplicação segura.

Embora os pontos destacados sejam positivos, há no mercado outros investimentos oferecendo as mesmas vantagens com rentabilidade superior. Além disso, a poupança não funciona como uma conta corrente normal, no sentido que ela é uma conta bancária com funções limitadas e com limites de transações por mês, oferecendo aos clientes um rendimento mensal.

Como é determinado o Rendimento da Poupança?

 

Devemos antes esclarecer que o rendimento da poupança sempre será igual para todos os bancos, deste modo, não importa a instituição financeira, o rendimento será o mesmo, uma vez que as regras são regulamentadas e definidas pelo Banco Central do Brasil.

 

Isso ocorre, pois o rendimento varia de acordo com a taxa básica de juros, a Selic. Desta maneira, ela não tem rendimento fixo, pois oscila de acordo com o andamento da economia e de seus indicadores. A taxa Selic é definida a cada 45 dia pelo Copom, um comitê de direitos do Banco Central do Brasil.

 

Portanto, a rentabilidade atual da poupança é dada da seguinte maneira:

70% da taxa Selic mais a Taxa referencial – TR (TR está zerada desde 2017)

 

Quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança deve render 0,5% ao mês + TR, embora o patamar atual da Selic esteja em apenas 2% ao ano e sem perspectivas de aumento.

 

A inflação e como ela afeta a Poupança!

 

A inflação é a perda do poder de compra, também pode ocorrer a deflação que é o ganho do poder de compra, apesar que a deflação não é comum ocorrer. Portanto, a inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços.

 

O calculo da inflação é realizado por meio dos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O índice de preços considerado oficial pelo governo federal é o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, este acompanha a evolução dos preços da moradia, alimentação, saúde, transporte entre outros.

O propósito do IPCA é medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, o objetivo é verificar se os preços aumentam ou diminuem de um mês para outro.

 

Uma vez que os preços dos bens, produtos e serviços sobem é inegável que você pagará mais caro para conseguir comprar a mesma quantidade de coisas, ou seja, seu dinheiro perde valor.

Para entender melhor este fenômeno da perda de valor, precisamos descobrir a rentabilidade real dos investimentos de renda fixa. Deste modo, quanto maior a inflação, menor será o retorno dessas aplicações. Vejamos o quadro a seguir.

 
Rendimento real da poupança

Contra números não há argumentos. A poupança é vantajosa somente em duas situações – para quem mantem dinheiro parado em casa e para quem deixa em uma conta corrente.

 

Como funciona o aniversário da Poupança?

 

Para entender o rendimento da poupança é importante entender o conceito de aniversário.

O aniversário da poupança é o dia em que seu dinheiro irá gerar a rentabilidade. Digamos que no dia 5 de janeiro, foi realizado uma aplicação na poupança, deste modo, esse será o dia em que a cada mês subsequente irá gerar os juros da rentabilidade da poupança, ou seja, a rentabilidade não é diária.

Assim, se você investiu 100 reais na poupança no dia 5 de janeiro, somente no dia 5 fevereiro que será acrescido o rendimento ao valor investido inicialmente.

 

Histórico de rentabilidade da Poupança

 

Não há dúvidas que a poupança é uma aplicação muito popular entre os brasileiros.

 

O motivo claramente é a falta de informação em relação aos investimentos, uma vez que a escolha se dá pela segurança e facilidade no acesso, visto que qualquer banco oferece essa aplicação.

 

A respeito disso, uma pesquisa realizada pela ANBIMA reforça essa constatação, os brasileiros mesmo que de forma tímida estão buscando outras fontes de investimentos, embora a preferência ainda é dada para a poupança.

Produtos financeiros - poupança

A procura se mantém em um patamar similar mesmo diante de um histórico de rentabilidade de baixo desempenho, conforme os dados dos últimos 15 anos demonstrados na tabela abaixo:

 
Rendimento da Poupança

Histórico de rentabilidade da poupança em 15 anos – Fonte: Banco Central

 

O retorno absoluto considera o desempenho da caderneta ao longo de todo o ano e não apenas o seu fechamento. Enquanto a coluna de rendimento real da poupança significa o retorno descontado do IPCA. Ou seja, é o valor que efetivamente é embolsado pelo investidor.

Com base nestas informações, por que não procurar por opções mais atraentes?

Existem no mercado outras aplicações mais rentáveis, seguras e com liquidez diária assim como a poupança.

 

5 Opções de Investimentos melhores que a Poupança

A seguir iremos apresentar cinco opções de aplicações semelhantes à poupança e que podem oferecer segurança atrelada a melhores rentabilidades, além de sugestões para a reserva de emergência:

1. Tesouro Direto

 

Os títulos de renda fixa pública são emitidos pelo Tesouro Nacional, que representa a disponibilidade financeira do Governo Federal brasileiro. O objetivo das emissões destes títulos é levantar capital para suas atividades e obter recursos para financiar as dívidas públicas.

Neste sentindo, ao comprar um título público, você está emprestando dinheiro para o governo brasileiro em troca é claro, de receber uma remuneração por este empréstimo mais os juros da negociação.

O Tesouro Direto possibilita investimentos a partir de R$ 30,00 ou 1% do valor do título, com diferentes tipos de rentabilidades, prazos de vencimentos e remuneração.

Esta aplicação é considerada a mais segura, uma vez que o dinheiro emprestado é para o governo e não para uma instituição privada, neste sentindo o risco de não receber seu valor investido é muito reduzido.

2. CDBs

 

O CDB é uma das aplicações mais conhecidas pelos investidores em renda fixa. Uma boa opção para aplicar a reserva de emergência e também para objetivos de curto prazo.

A sigla CDB representa – Certificado de Depósito Bancário possui uma dinâmica semelhante ao Tesouro Direto, embora seja um título privado. Portanto, o “empréstimo” será realizado para uma instituição financeira, como os bancos.

Os CDBs também são cobertos pelo FGC, dentro do limite de R$ 250 mil por conglomerado financeiro, com teto de R$ 1 milhão por CPF.

3. LCI e LCA

 

As Letras de Crédito Imobiliário – LCI e as Letras de Crédito do Agronegócio – LCA são títulos emitidos pelos bancos com o objetivo de financiar estes dois importantes setores da economia: Imobiliário e Agronegócio.

A grande vantagem desses investimentos é isenção do Imposto de Renda (IR), além da cobertura do FGC. Por outro lado, essas letras de crédito costumam ter prazos de vencimento mais longos, o que talvez não o configure como boa opção para a Reserva de emergência.

As taxas de retorno variam de acordo com o banco que emitiu o título. Logo, é necessário fazer comparações entre diferentes títulos e bancos, em busca da melhor rentabilidade.

4. Fundos de Renda Fixa

 

Os fundos de investimento em renda fixa são aplicações muito procuradas pelos investidores para aportar seus recursos. Uma vez que é possível em apenas uma aplicação se expor a muitos outros investimentos, uma forma interessante e rentável de diversificar os investimentos.

Os fundos de renda fixa são opções muito comuns nos bancos e outras instituições financeiras e podem render mais do que a poupança, dependendo de sua gestão.

Em relação aos demais investimentos, os fundos de renda fixa não contam com garantia do FGC, além disso, envolvem custos com a cobrança de taxa de administração e há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos oferecidos aos investidores.

5. Nuconta

 

A Nuconta é um conta digital sem tarifas disponibilizada pela Nubank. Ela também funciona como um investimento de baixo risco, uma vez que todo o dinheiro depositado é aplicado em títulos públicos em nome da empresa.

Não há cobrança de taxas, mas incidem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR sobre os rendimentos, que são próximos aos do CDI.

O investimento na Nuconta pode ser um bom lugar para sua Reserva de Emergência, visto que possui liquidez diária e é de fácil acesso e possui a cobertura do FGC.

Considerações

Vimos que apesar de popular, simples e acessível a poupança não é mais um investimento capaz de gerar valor real para o investidor. A respeito disso, o investidor deve procurar informação sobre outras opções de aplicações, igualmente seguras e com rentabilidades literariamente maiores.

A maioria das pessoas não leva em consideração a inflação, e como demonstramos ao longo deste material, ela pode ser corrosiva e reduzir o poder de compra de seu patrimônio. Deste modo, procure proteger suas economias em aplicações que reponham a inflação e ainda possam remunerar com ganhos reais.

Diante desta era digital a informação é facilmente acessada, neste sentindo, não há impedimento para o desenvolvimento pessoal, procure estudar e aprimorar seus investimentos, pois eles podem proporcionar no longo prazo sua independência financeira.

Curtiu o material preparado para você? Aprendeu sobre como é calculada a rentabilidade da Poupança? Você ainda aplica na poupança? Conte nos comentários.

 

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